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Mapa de Luís Teixeira

O mapa de Luís Teixeira, a mais detalhada representação do litoral da América portuguesa da segunda metade dos Quinhentos, representa também a cartografia de transição entre os paradigmas de rumo e estima e o astronômico. Destacam-se as escalas – de redução e de posicionamento latitudinal, os paralelos especiais – o trópico de Capricórnio e a linha Equinocial (Equador), e as rosas-dos-ventos entrelaçadas.

Em 1534, D. João III implantou o sistema de capitanias hereditárias no Brasil. Com isso, Portugal dava início à colonização efetiva de suas terras na América, visando compensar os efeitos negativos da fracassada empresa mercantil nas Índias, e, ao mesmo tempo, proteger os seus domínios ameaçados pelas ambições estrangeiras.

Ao conceder terras a particulares, o Estado transferia também para a iniciativa privada o ônus da colonização. Os donatários recebiam lotes em caráter hereditário, indivisíveis e inalienáveis no todo ou em parte, e que podiam ser readquiridos somente pela Coroa. Vale dizer que o Estado concedia apenas a posse da terra, reservando para si o domínio, ou seja, a propriedade dela.

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Mapa da maior parte da costa e sertão do Brazil do Padre Jaques Cocleo.

Nascido em 1628, o Padre Jaques Cocleo, jesuíta francês, era professor de matemática e astronomia em Lisboa. Embarcou para a Missão do Maranhão, em 1660, passando inicialmente por Pernambuco. Trabalhou na Missão do Ceará entre 1662 e 1671, retornou a Pernambuco e acabou permanecendo na Província do Brasil, no Estado do Brasil. Foi reitor do colégio do Rio de Janeiro e faleceu na Bahia, em 1710. Esse religioso confeccionou uma carta do Brasil em fins do século XVII, ainda que o único registro relacionado é o documento cartográfico intitulado Mapa da maior parte da costa e sertão do Brazil, que traz a anotação: extraído do original do Pe. Cocleo. Esta obra encontra-se na Mapoteca Digital do Arquivo Histórico do Exército (AHEx).
O Mapa da maior parte da costa e sertão do Brazil  foi produzido por volta de 1700, provavelmente pouco tempo depois da produção original de Cocleo. É, portanto, anterior à obra dos padres matemáticos e às demais empreitadas portuguesas na tentativa de produzir uma cartografia qualificada para as negociações do Tratado de Madri. Trata-se de um mapa manuscrito, colorido à mão, medindo 120,5 cm x 224 cm. Como em alguns mapas holandeses do Brasil, o norte está voltado para a esquerda e não para a parte superior. A cartela, no canto inferior esquerdo, traz o título da obra, as escalas gráficas em léguas francesas, espanholas e portuguesas (de 18, 17 e 20 léguas por graus, nessa ordem), e as convenções adotadas na representação de catedrais, capelas e fazendas, de acordo com ordem de importância.

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