Guarujá é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista, microrregião de Santos, localizado na latitude sul 23º 59′ 18″ e longitude W (oeste) 46º 14′ 32″, a uma altitude de 4,27 m, sua população estimada é de 310.000 habitantes, possui uma área de 142,7 km², e é a terceira maior ilha do litoral do estado de São Paulo.
Atualmente, o Guarujá é conhecido como a “Pérola do Atlântico” devido as suas belas praias e belezas naturais. Muito procurada pelos turistas na alta temporada, a cidade conta com praias urbanizadas e algumas selvagens, acessíveis apenas por trilhas. Além do litoral, Guarujá oferece construções históricas e trilhas de ecoturismo. Outra atração local é a pesca artesanal, que pode ser vista e praticada em diversas praias do município.
Guarujá é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Em 22 de Janeiro 1502 os primeiros europeus pisam na ilha. André Gonçalves e Américo Vespúcio aportam na praia de Santa Cruz dos Navegantes, depois seguindo viagem à ilha de São Vicente.
A ilha, pantanosa e acidentada, não atrai a atenção dos colonizadores portugueses, que preferem centrar esforços na vizinha ilha de São Vicente, esta mais ampla e salubre e contando com um acesso privilegiado ao Planalto Paulistano, através de trilhas indígenas. Apesar do desinteresse, alguns colonos portugueses acabam se instalando na costa ocidental de Santo Amaro, sobrevivendo de agricultura de subsistência, pesca e reparos de embarcações utilizadas no estuário de Santos.
Em 1543, quando da primeira divisão territorial brasileira, toda a região entre a ilha de Santo Amaro e a barra do rio Juqueririê (futuros municípios de Guarujá, Bertioga e parte de São Sebastião) é concedida a Pero Lopes de Sousa por seu irmão Martim Afonso de Sousa sob o nome de capitania de Santo Amaro. A capitania, sem recursos naturais de importância e sem ligações com o Planalto, não se desenvolve. As únicas ações visando a ocupar o território são a construção dos Fortes de São João e São Filipe, destinados a proteção do porto do Santos, uma beneficiadora de óleo de baleia no extremo norte da ilha, na desembocadura do Canal de Beritoga e a ação de alguns grupos de jesuítas para a cataquese de índios.
No final do século XIX, com o surgimento do turismo, o desenvolvimento da economia paulista e a existência de um acesso ferroviário rápido e fácil entre o litoral e o Planalto Paulistano provocam um novo interesse pela ilha de Santo Amaro.
Um grupo de empresários, inclusive alguns ligados ao setor ferroviário acreditaram no potencial turístico do local e há cerca de 110 anos fundaram a Estância do Guarujá. Eram eles o Conselheiro Antônio Prado, que dirigiu durante 35 anos a Cia. Paulista de Estradas de Ferro e Elias Fausto Pacheco Jordão, empresário, engenheiro e político paulista de relevância, que teve até um município na região de Campinas batizado com seu nome (Elias Fausto).
A idéia deles era formar um ambicioso empreendimento que, somando atrações e melhoramentos, transformasse a região da praia de Pitangueiras em pólo de atração de turistas, e com isso os terrenos pertencentes à Companhia fossem vendidos e os serviços por ela prestados fossem igualmente demandados. Na verdade, essa idealização de “construção” de um novo Guarujá era baseada em modelos semelhantes desenvolvidos nos Estados Unidos, mais precisamente a ilha de Rhode Island.
Construída em 1893 para levar a alta sociedade paulista para suas casas de veraneio recém-construídas na praia de Pitangueiras, no Guarujá, a linha da Cia. Balneária da Ilha de Santo Amaro ligava o porto de Santos, via balsa, até a estação inicial de Itapema, e daí seguia para a estação final, em Pitangueiras.
A Vila foi inaugurada em 2 de setembro de 1.893, pelo Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, tendo comparecido a esse evento inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista, entre elas o Governador do Estado, Bernardino de Campos. Nicola Puglisi sucedeu o Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão na presidência da Companhia Balnearia até 1.926, quando Guarujá foi transformada em Prefeitura Sanitária, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheros seu primeiro prefeito.
Em 1.931, Guarujá foi integrado ao Município de Santos, situação que perdurou até 1.934. Pelo Decreto 1.525, de 30 de junho de 1.934, o Governador Armando Salles de Oliveira criou a Estância Balnearia de Guarujá, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo, seu prefeito.
Até 1.947, Guarujá foi administrada por prefeitos nomeados quando, pela Lei Orgânica dos Municípios, promulgada em 18 de setembro de 1.947, passou a Município, ocorrendo, então, a primeira eleição para o período de 1.948 a 1.951, sendo eleito o Sr. Abílio dos Santos Branco para o cargo de prefeito.
O fim dos jogos de azar no governo de Eurico Gaspar Dutra e a construção da via Anchieta, ligando a Baixada Santista a São Paulo modificam a ocupação da ilha. A antiga vila balneária se adensa com a chegada de maiores quantidades de turistas e novos moradores. Edificios começam a surgir na orla de Pitangueiras e Astúrias e praias até então desertas, como Enseada, Pernambuco e a própria Perequê começam a ser visitadas. Paralelamente, migrantes nordestinos migram para a ilha a procura de emprego, se fixando na região do velho forte de Itapema, dando origem ao distrito de Vicente de Carvalho.
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