Os cortiços paulistanos são temas de livro e exposição, onde registros poéticos, pesquisa teórica e mudanças efetivas dão a tônica ao projeto concebido em dois formatos, a exposição “Cortiços – redesenhando espaços de [sobre]vivência ” e o livro “Cortiços – A Experiência de São Paulo”.
Moradias de aluguel para os imigrantes estrangeiros atraídos pelo desenvolvimento industrial da cidade no final do século XIX, os cortiços atravessaram o século XX e chegam ao XXI como opção de endereço para muitos trabalhadores brasileiros dos setores do comércio e de serviços da capital paulista.
Parte dessa longa história e as ações implementadas a partir de 2005, pela Prefeitura de São Paulo, nos bairros da Mooca e da Sé, para a melhoria das condições de vida nestas habitações, estão registradas na exposição e no livro, ambos contam com imagens de cortiços paulistanos do fotógrafo Fabio Knoll.
Com curadoria de Maureen Bisilliat, fotógrafa, autora, entre outros, de Xingu Território Tribal, Terras do Rio São Francisco, apresenta a mostra, na Estação Julio Prestes, naquela bela sala com imensas janelas de vidro sobre as plataformas de embarque, que é composta pelo ensaio fotográfico de Fabio Knoll, com 36 obras.
As fotos de Fabio também ilustram, ao lado de imagens do Arquivo do Museu da Cidade de São Paulo, do Departamento do Patrimônio Histórico, o livro organizado por Alonso López, Elisabete França e Keila Prado Costa.
O livro que estará disponível gratuitamente na internet, no site http://cidadeinformal.prefeitura.sp.gov.br, tem o prefácio de Thomas Hagenbrock, consultor de arquitetura e urbanismo do Banco Mundial, assinalada que “a obra leva ao leitor um olhar sobre mudanças urbanísticas e de habitação social marcantes na história de São Paulo, desde o final do século XIX até os dias de hoje”.
Exposição “Redesenhando Espaços de [Sobre]vivência”
Estação Júlio Prestes, na Linha 8-Diamante, dentro da área paga
Período: 30 de julho até 31 de agosto
Gratuita para usuários